A reunião desta sexta-feira com o Ministro das Infraestruturas resultou "inconclusiva", conforme declarou o Presidente do SNTAP, Serafim Gomes, ao Jornal Observador.
Terminado o prazo de três meses, acordado entre as partes, para a apresentação de uma proposta de aumentos salariais por parte da tutela, “nós fizemos saber, tal como tínhamos anunciado e tínhamos esse compromisso com os nossos associados, que não vamos esperar mais“, indicou o Presidente do SNTAP ao mesmo jornal.
Um dos impasses relativamente à atualização salarial, é um despacho dirigido pelo Governo, em dezembro, às administrações das empresas do setor público empresarial para que procedessem a aumentos da massa salarial global — e não na tabela salarial — de até 5,1%. Pode ler-se no mesmo artigo.
Num setor em que as regras das remunerações acessórias variam entre administrações, o aumento da massa salarial global - que inclui além das atualizações salariais, progressões, promoções e subsídio de refeição — resulta em discrepâncias e assimetrias entre as várias administrações portuárias e entre trabalhadores.
O SNTAP pede que o despacho seja adaptado à realidade das Administrações Portuárias e foi na expectativa de a tutela elaborar uma proposta no prazo de três meses, que em janeiro desconvocou a greve que estava a decorrer.
No entanto, após a reunião desta sexta-feira, “o senhor ministro deu-nos a sensação de que anda a trabalhar intensamente no problema junto das Finanças, e ainda não terá conseguido os resultados necessários“, declarou Serafim Gomes ao Observador.
O SNTAP vai emitir um novo pré-aviso de greve, no início da próxima semana.
No final da semana o SNTAP deverá voltar a reunir com o Ministro João Galamba, e só se for apresentada uma proposta “razoável” será possível desconvocar a greve.
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