COMUNICADO
Como é do conhecimento geral, esta Direção Sindical decidiu desconvocar a greve, cujo início estava previsto para as 00:00 horas do dia 4 do corrente mês.
Tal só foi possível por ter sido alcançado um acordo com o Ministério das Infraestruturas (em articulação com o Ministério das Finanças) relativamente às duas matérias mais prementes e imediatas: a atualização salarial para 2024 de todos os Trabalhadores das Administrações Portuárias, seja qual for a respetiva carreira ou grupo profissional e a revisão do A.C.T./A.E. outorgado entre este Sindicato e as Administrações Portuárias.
Nas conversações para alcançar esse acordo, o Sindicato, embora sempre demonstrando total abertura para o diálogo, teve que manter uma posição de firmeza, sustentada no inequívoco apoio que lhe foi transmitido pelos Trabalhadores, designadamente nos Plenários que levámos a efeito em diversos Portos.
Para todos, uma palavra de apreço e reconhecimento, recordando que se lutava por justos e legítimos interesses dos Trabalhadores.
É de toda a justiça também sublinhar a intervenção da equipa do Ministério das Infraestruturas, liderada pelo Chefe do Gabinete do Senhor Ministro, Dr. Gustavo Madeira, que com assinalável correção, soube conduzir as conversações em clima de franco e construtivo diálogo.
E isto apesar do relativamente escasso tempo (reconhece-se) de funções e o facto de não lhe ter sido proporcionada atempadamente a informação necessária, por parte das Administrações Portuárias, como era, em nosso entender, seu dever.
A paz social é um bem inestimável para os Portos e para todos os que neles trabalham.
Mas, a sua preservação só é possível, como agora ficou mais uma vez demonstrado, se houver disponibilidade para o diálogo construtivo de todas as partes envolvidas e não atitudes, mais ou menos dissimuladas de procura de confronto.
Por isso, esperamos que a abertura para o diálogo demonstrada pela Tutela, tenha o devido eco nas Administrações Portuárias.
É certo que se ultrapassou mais uma etapa, alcançando resultados que nos parecem bastante satisfatórios, face ao contexto geral, em duas matérias essenciais.
Porém, não podemos cruzar os braços.
Continuam em aberto as restantes matérias que constam do caderno negocial que apresentámos às Administrações Portuárias em outubro de 2023, bem como um conjunto de situações laborais por discutir e resolver em várias Administrações Portuárias.
Vamos naturalmente e como sempre continuar com a nossa missão e procurar as soluções justas e adequadas para todas essas questões, para o que continuamos a contar com o apoio dos Trabalhadores, no fim e ao cabo, na defesa das suas condições de trabalho.
Lisboa, 03.06.2024
Pela Direção
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